quinta-feira, 26 de abril de 2007

O início


Pandas e pandas andavam pela calçada de domingo
ao som de Elvis, ora cantarolando Janis,
ora assobiando Brown.
Tudo em tons e sobretons pastéis.
E isso era tudo, isso era simples,
isso era bom.

Bom, o que eles não sabiam é
que enquanto trabalhavam,
suas pandas fêmeas conspiravam.
E como. Como mesmo.
Telefone, buraco, caxeta, café e tricot,
é, talvez tenha sido culpa daquele
maldito tricot das quinze horas.

Quinze meses depois,
elas largaram casa, comida
e roupa lavada pra conquistarem
o "lava você", "cozinha você" e o
"você que se fôda".
Ou seja, até a foda é
tercerizada, nessa nova era.

Era uma vez uma foda.
Conquistaram seu lugar,
seu trabalho, sua independência,
conforme fomos perdendo a nossa.

"Nossa Mãe" disse um panda.
"Nossa o caralho" disse o irmão mais velho.
Agora é cada um por si,
cada um limpa sua bunda,
que a merda é grande.

Grande foi o buraco que elas deixaram,
no fim das contas só nos restou as pandas
que não se tornaram galinhas ou vacas,
que não coçam sua ausência de saco,
que não cantam a sua ausência de cantada:
"Você vem sempre aqui?"

A crítica não fica para elas que conquistaram
seu lugar na sociedade, conquistaram seu lugar
no mercado de trabalho. Isso eu elogio e dou o maior
apoio. O que não queremos na verdade é perder
o direito da cantada, o direito da serenata, o direito
das flores no dia seguinte, do beijo de boa noite,
do café do bom dia.

Me perdoem as galinhas e as vacas,
mas pandas são fundamentais.
São raras, são boas.
Rá!


Créditos pelo belo desenho:
Vinicius "Panda Indefinido"

quinta-feira, 19 de abril de 2007

"Apita o Arbitro: Está, Valendo..."



...diria o Galvão se fosse um jogo de futebol.



No começo dói, mas depois acostuma,
dizia a mãe de um ilustre amigo meu

Saiba saiba você,
que tá entrando aqui ainda não sei porque,
que esse é ainda o primeiro post,
e ele num tem a pretenção nenhuma
de ser lido, de ser lindo.

Tem a pretenção apenas de dizer porque viemos.
No máximo será lido pelos seus integrantes, que logo logo farão
a divulgação atravez de marketing de guerrilha,
viral, anúncio de revista e tevê
para logo logo dominarmos o mundo.
E chega de logo logo, logo,
e vamos logo pro que interessa.

Aqui serão colocados textos de vários assuntos, de várias cabeças, hora criativas, hora não.
Então, será na verdade um poço de vômito, um caldeirão de idéias.
Comemos salada, pra vomitar cuzcuz.

Os integrantes formam essa que chamamos de
Sociedade Secreta dos Pandas, com excessão do Breno,
que não tem se comportado muito bem,
não ganhou presente do papai noel,
não ganhou título de Panda.

Mas tirando essa heresia, temos:
Javier Delgado (Panda Latino),
Luis Godinho (Panda Clark),
Nerea (Panda Estagiária) e
eu - Flavio Pucci (Panda Bigodon).

abre parênteses,
novos integrantes ilustradores na equipe panda,
Marcelo Nishihata (Panda Japa)
Vinicius Velo (Panda Indefinido)
fecha parênteses.

Espero que gostem e que vomitem nos comentários,
coisas nojentas e sem sentido.

um abraço.